Nos púlpitos das sinagogas e templos de nossas cidades secularizadas - neste domingo - muitos falarão em "santidade" e de todo o jeito. Eu também o faço, e do meu jeito. Aliás, achei um texto bem ao gosto da pós-modernidade que, à primeira vista, nada tem a ver com a "santidade canônica". Mas, me digam qual é o lugar do corpo nessa história toda? Não é pecado cuidar do nosso corpo e tem mais: santidade é cuidar um pouco mais dos corpos alheios. Ah! Quantos corpos feridos. Querendo mais, convido os leitores do meu blog a procurar na coluna direita aqui do lado, a letra da música "CARNE e OSSO". Uma mão lava a outra.
"Deus nos fez corpos. Deus fez-se corpo. Encarnou-se.
Corpo: imagem de Deus.
Corpo: nosso destino, destino de Deus.
Isto é bom.
Eterna divina solidariedade com a carne humana.
Nada mais digno.
O corpo não está destinado a elevar-se a espírito.
É o Espírito que escolhe fazer-se visível, no corpo.
Corpo, realização do Espírito: suas mãos, seus olhos,
suas palavras, seus gestos de amor...
Corpo: ventre onde Deus se forma.
Maria, grávida, Jesus, feto silencioso,
À espera, protegido, no calor das entranhas de uma mulher.
Jesus: corpo de Deus entre nós,
Corpo que se dá aos homens,
Corpo para os corpos, como carne e sangue, pão e vinho".
- "Creio na ressurreiçao do Corpo" - Edit. Paulus Rubem Alves
Que texto lindo, Pe. Marcos. Rubem Alves só se esqueceu da delicadeza com que devemos tratar a nós mesmos e aos outros, para que, espíritos encarnados, dancemos a dança da vida e não nos digladiemos.
ResponderExcluirTenho saudade de assistir a uma missa celebrada pelo Sr.
Em tempo: o grande escritor português Eça de Queiroz escrevia como um francês.
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