quinta-feira, 28 de abril de 2011

que é isso companheiro

Quem não gostou nem um pouco das denúncias da relatora especial da ONU (veja matéria postada ontem), foi o coordenador de Projetos Especiais da prefeitura de Fortaleza, Geraldo Accioly que classificou de “genérica” a denúncia. Assumindo as dores da administração municipal, o companheiro garante que o processo de desapropriação, em Fortaleza, está sendo executado de “forma responsável e tentando traumatizar o mínimo possível”. “Não é porque (a denúncia) é da ONU que eu tenho que aceitar. Ela (Raquel Rolnik) tem que dizer quantas e onde estão essas famílias.” A fonte das declaração é o conceituado Jornal O Povo de 28/04.
Quem te viu, quem te vê! Se ainda fosse o saudoso tempo de “oposição”, a companheirada estaria agora pisando na lama e  fazendo noitadas para conclamar as comunidades envolvidas à resistência “na lei ou na marra”. E , quem sabe, oferecendo munições para o relatório da ONU e demais organizações internacionais.
E tem mais. Ninguém tem obrigação de engolir o contraditório, só porque a administração municipal falou e está falado. Bem que o companheiro Accioly poderia andar perguntando às centenas de famílias fragilizadas pelo medo e pela desinformação, o que elas pensam disso tudo. Sempre que ele saiba dizer quantas e onde estão essas famílias.

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