terça-feira, 2 de agosto de 2011

dai a cesar o que é de cesar



Não nego que fiqui feliz com a notícia. Ah! Que tal convidar o Supremo Tribunal Federal (STF) para o lançamento!

Jornal O POVO 01/08/2011

O promotor de justiça cearense Walter Filho lança, nesta quinta-feira, o livro O Caso Cesare Battisti – A Palavra da Corte, publicado pela Editora Imprece. Segunda obra de sua autoria (a primeira foi: CINEMA – A Lâmina que Corta), a publicação expõe os relatos oficiais da Justiça italiana sobre o julgamento do pedido de extradição do ex-ativista italiano, que estava preso no Brasil desde 2007, acusado de envolvimento na morte de quatro pessoas na década de 1970. Neste ano, Battisti foi libertado, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo Walter, o objetivo do livro é denunciar “a impunidade que reina no Brasil, terra de acobertar criminosos”. “Meu trabalho visa desmontar as inverdades colocadas em prol de Battisti aqui no Brasil, e o faço sob as lentes de promotor de Justiça e defensor do Estado Democrático”, destaca. O promotor acrescenta o livro tem linguagem simples e não utiliza termos técnicos.
Battisti ficou preso no Brasil entre 2007 e 2011 (ANTONIO SCORZA/AFP)

Em novembro de 2009, a pedido da Itália, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti, mas deu a palavra final ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em dezembro de 2010, Lula se recusou a extraditar Battisti. O governo italiano recorreu.
Em junho deste ano, por seis votos a três, o Supremo referendou a decisão do ex-presidente de não extraditar o ex-ativista italiano, determinando sua libertação.
Walter Filho sustenta que as autoridades brasileiras ignoraram as decisões judiciais de uma república democrática. “Preferiram acreditar no ex-presidente Lula, em uma carta do senador Eduardo Suplicy (PT), chancelando os argumentos da escritora francesa Fred Vargas, que colocou em dúvida todas as decisões da Justiça italiana. Acreditaram nas palavras deles, contra todas as decisões da justiça italiana, francesa e da Corte Europeia dos Direitos Humanos”, critica.

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