quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aluno brasileiro custa menos que detento

21 de novembro de 2011
Blog: Eliomar de Lima

“Enquanto o país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, gasta uma média de R$ 15 mil anualmente com cada aluno do ensino superior — cerca de um terço do valor gasto com os detentos. Já na comparação entre detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso — nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 mil.
Para pesquisadores tanto de segurança pública quanto de educação, o contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com o sistema prisional.
Apenas considerando as matrículas atuais, o chamado investimento público direto por aluno no país deveria ser hoje, no mínimo, de 40% a 50% maior, aponta a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que desenvolveu um cálculo, chamado custo aluno-qualidade, considerando gastos (de salário do magistério a equipamentos) para uma oferta de ensino de qualidade. — Para garantir a realização de todas as metas do Plano Nacional de Educação que está tramitando no Congresso, seriam necessários R$ 327 bilhões por ano, o que dobra o investimento em educação — afirma Daniel Cara, coordenador da campanha.”
(O Globo)


Obs: Aos dois problemas detectados acima pelos pesquisadores, tomo a liberdade de acrescentar, sem medo de errar, que uma maior aplicação das penas alternativas e de outras medidas e uma assistência jurídica mais sistemática, diminuiria consideravelmente a população carcerária. Sem esquecer que existem experiências alternativas a execução penal, de comprovada eficácia e com custos ínfimos. Per exemplo, as APACs. Confira o site:

http://www.fbac.org.br/

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