No meu exílio italiano, se Deus quiser quase prestes a findar, leio com satisfação em Carta Maior de 13/11, 183 o ministro Gilberto Carvalho negocia a reforma agrária com os movimentos sociais. Não por “bondade” do governo, mas pressão de milhares de trabalhadores rurais acampados em Brasília e em vários estados da Federação.
É retorno da reforma agrária? De saída, está sendo elaborado um programa de assentamento ao longo dos próximos três anos enquanto, de imediato, vão ser liberados R$ 400 milhões para compra de terras por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), beneficiando assim, pelo menos. 20 mil famílias.
“Vocês conseguiram recolocar a reforma agrária no centro da pauta de discussão do governo Dilma”, disse o ministro aos quatro mil camponeses no acampamento central em Brasília.
Na opinião do MST existem hoje cerca de 200 mil famílias acampadas no país à espera de assentamento. Estas devem ser contempladas pelo Plano Nacional de Reforma Agrária, a ser lançado até o fim do ano.
Enquanto isso, os trabalhadores rurais reivindicam que seja incluído, pelo menos, um bônus de adimplência, como forma de evitar novos endividamentos.
Segundo a Via Campesina, 520 mil famílias estão com problemas para pagar dívidas com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A dívida total é de R$ 30 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões precisariam ser roladas já.
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