È certo que o Papa Bento XVI estará presente na Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro. Bem que os organizadores do evento poderiam oferecer ao Santo Padre a oportunidade de conhecer, senão as superlotadérrimas prisões brasileiras, pelo menos uma entre tantas Unidades de regime fechado, onde muitos adolescentes, em conflito com a lei, cumprem medidas sócio educativas. A Jornada Mundial da Juventude não pode esconder ao Papa Bento XVI a triste realidade de tantos adolescentes e jovens brasileiros "marcados para morrer". Sugerir não ofende.
Notícia e foto de: “L´Osservatore Romano”
O papa Bento XVI levou lágrimas aos olhos de criminosos domingo 18 passado, dizendo durante uma visita a uma prisão italiana que a superlotação é uma "sentença em dobro" e que, independentemente de seus crimes, a dignidade deles não pode ser esquecida.
A visita de Natal à prisão Rebibbia, nos arredores de Roma, ocorreu dois dias após o novo governo da Itália anunciar medidas extraordinárias para melhorar as condições prisionais.
O Papa de 84 anos apareceu em boa forma, fez um discurso inicial e respondeu a perguntas por cerca de meia hora, além de saudar muitos pessoalmente na igreja da prisão.
"Eu sei que a superlotação e a degradação na prisão podem fazer a detenção ainda mais amarga", declarou a centenas de prisioneiros do local, que tem 500 pessoas a mais do que a capacidade de 1.240. "Os prisioneiros são seres humanos que são dignos, apesar de seus crimes, de serem tratados com respeito e dignidade", disse.
Ele afirmou que a superlotação e as más condições equivalem a cumprir "uma sentença em dobro" e que as autoridades devem fazer o possível para melhorar a situação.
Na sexta-feira, a nova ministra da Justiça, Paola Severino, que participou da visita, anunciou um decreto que pode minimizar a superlotação de presos ao permitir que muitos sirvam os últimos 18 meses da pena em prisão domiciliar.
A Itália tem mais de 68 mil prisioneiros, 24 mil a mais do que a capacidade, um dos piores índices de superlotação na Europa.
Alberto, um dos presos italianos, disse ao Papa que se sentia um novo homem ao pagar a dívida com a sociedade e quis saber por que ele não poderia ir para casa ver a filha de dois meses. Ele mostrou ao Papa uma fotografia da menina, chamada Gaia.
Lágrimas brotaram nos olhos de Alberto, quando o Papa lhe disse: "Estou feliz por você se considerar um novo homem e que tenha uma filha esplêndida. Rezo e espero que você possa em breve abraçar sua filha e esposa e formar uma família feliz."
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