Por demais chocantes foram as imagens exibidas em rede nacional registrando a truculência durante a remoção de milhares de moradores da área do Pinheirinho, em São josé dos Campos (SP). Em entrevista à Folha de S. Paulo - sexta feira passada - a relatora especial da ONU para o direito à moradia adequada, arquitetura e urbanística Raquel Rolnik, denunciou tanto o prefeito do PSDB de São José dos Campos (SP) e o judiciário paulista pelas violações aos direitos humanos por não terem obedecido à legislação internacional que regulamenta as remoções dequal o Brasil é signatário. Valdemar Menezes na coluna Concidadania do Jornal O POVO deste domingo, comenta:
"A relatora da ONU denunciou ainda outras remoções pelo Brasil a fora com vistas à construção de obras da Copa do Mundo. Para ela, as forças conservadoras estariam impondo um retrocesso nas políticas sociais e de direitos humanos. Isso ocorreria, também, por culpa da omissão dos segmentos progressistas: “o País caminha para trás no campo dos direitos humanos e a pauta da inclusão social virou sinônimo apenas da inclusão no mercado”...
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| Pinheirinho Foto Roosevelt Cassio Reuters |
... "Há quem considere que as obras da Copa do Mundo, em Fortaleza, podem ser enquadradas na reprimenda da relatora. Não se estaria obedecendo à legislação internacional que exige a realocação, em área adjacente, de populações removidas para dar lugar a algum tipo de empreendimento. A representante da ONU não aceita o argumento de que, por serem ilegais, as ocupações, os moradores estão desprovidos de garantias: “Estamos assistindo um discurso totalmente absurdo - de que eles, que ocupam áreas, que não tiveram alternativa, são Invasores. Como eles não obedeceram à lei, não temos que obedecer lei nenhuma com eles. É um discurso pré-Constituinte. Isso foi amplamente reconhecido na Constituição” – ironizou ela".
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