Acabo de assistir o programa ROTA 22 da TV Diário onde foram veiculadas duas matérias relacionadas ao Sistema Penitenciário. Na primeira reportagem, duas mulheres de internos da CPPL II (Casa de Privação Provisória de Liberdade II Clodoaldo Pinto) denunciam com detalhes o tratamento diferenciado que beneficia a comunidade evangélica liderada por um interno que exerce a função de pastor. De costas para o público televisivo, as mesmas relatam pressões e tentativas de suborno. De imediato, o reporter informa que a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado desmente qualquer denúncia.
Como sempre, é a palavra de mulher de preso versus palavra da Instituição. Sempre assim: palavra de preso, de mulher de preso e de quem gosta de preso nunca tem peso e c´est fini. Não vai ser difícil para o Núcleo de Inteligência da SEJUS identificar as denunciantes e adotar as "medidas cabíveis" bem conhecidas..Enquanto isso, criam-se dentro das unidades alas exclusivamente evangélicas funcionais ao Sistema Penitenciário, deturpando desta forma a missão evangelizadora das igrejas dentro das unidades penitenciárias.
2. Casa de ferreiro, espeto de pau
Na segunda reportagem, o diretor do IPPOO II (Instituo Penal Professor Olavo Oliveira) fala das oportunidades de ressocialização oferecidas aos internos através de múltiplas atividades. Enquanto isso são exibidas imagens de arquivo da Emissora, referentes à atividades de mais de quatro anos atrás. Prova disso é o fardamento dos internos exibindo ainda a logo da CONAP. A confusão, talvez, seja de responsabilidade da Secretaria de Justiça e Cidadania mas da TV Diário que, por não ter conseguido imagens atualizadas, optou por imagens de arquivo. Imagino o constrangimento moral de um certo número de egressos e e seus familiares "vendo-se ainda" atrás das grades. Quem tomou consciência disso que levante o braço.
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