quarta-feira, 11 de julho de 2012


Bom dia compadre

Amanheci em São Luis do Maranhão, nesta quarta feira chuvosa, sétimo dia da páscoa do meu compadre JOSÈ RIBAMAR GOULART HELUY. A doença que há alguns anos vinha debilitando seu corpo nunca ofuscou o brilho dos olhos, marca indelével  dos “puros de coração” a quem é dado aprender encontrar a Deus no íntimo de todo ser humano. Ah, como gostaria nos contasse como é vê-lo,agora, “face a face”!

Aqui vai o testemunho da Comissão de Justiça e Paz da arquidiocese de São Luis (MA). Sinto-me feliz e honrado por ter feito parte desta história de luta, motivado por ele, por sua esposa e minha comadre Helena e por tantos companheiros  (as) desta amada “Ilha Rebelde”.
                        Heluy e Helena
 "A história da Comissão Justiça e Paz de São Luís está atrelada à vida de José Ribamar Goulart Heluy. Homem de fé profunda, com militância ardorosa na Igreja Católica, foi mariano, cursilhista e membro do Apostolado da Oração. Era um leigo engajado e comprometido com a sua Igreja. Nesse ardor, inspirou-se para fundar a Comissão Justiça e Paz. Um homem inquieto e animador nato, reuniu intelectuais, advogados, operários e jovens, sob a orientação do então arcebispo de São Luís, Dom Mota, para dar vida a esse organismo que denunciava as injustiças, as torturas, os conflitos de terra rurais e urbanos. Era uma presença viva ao lado de trabalhadores e trabalhadoras vítimas das injustiças sociais. De sua mente criativa, nasceu o programa “A Lei é para Todos”, em 1979, na Rádio Educadora, de onde foi um dos seus dedicados colaboradores e conselheiros. Por mais de duas décadas, esse programa esteve no ar, sob a coordenação da Comissão Justiça e Paz de São Luís, denunciando as injustiças e fomentado o debate e formação sobre as questões sociais e políticas diversas. Juiz de Direito, abdicou de uma promoção para o cargo de desembargador, que se avizinhava, senão por merecimento, mas pelo tempo de serviço na magistratura, para abraçar a advocacia e tornar-se livre para a defesa dos mais humildes. Casado com Helena Barros Heluy, partilhavam os dois os conhecimentos jurídicos, a fé, a vida familiar e o compromisso com o social. Deixa cinco filhos e quinze netos. No dia 5 de julho, aos 74 anos, Heluy encerrou sua caminhada na terra. Preparou-se sempre para a sua partida. No dia 11, às 20:00 horas, na sua Paróquia, na Igreja de São Francisco, sua família reunirá os amigos para celebrarem a sua memória e agradecerem pela sua vida e feliz convivência ao longo dos anos. Para a Comissão Justiça e Paz fica o seu exemplo de vida e de fé".


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