segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


MÃES DE MAIO, 
   MÃES DO CÁRCERE 
     – A PERIFERIA GRITA 


(Nós por Nós, São Paulo, 2012)

SOBRE O LIVRO:

Licença pra chegar. Escrevemos a tod@s interessad@s que nosso movimento Mães de Maio, uma rede de mães, familiares e amig@s de vítimas da violência estatal aqui no estado de São Paulo, lançaremos a partir desta quarta-feira (05/12), às 15:30hs, o nosso segundo livro: “Mães de Maio, Mães do Cárcere – A Periferia Grita”.

Desta vez com prefácio do guerrêro Dexter - Oitavo Anjo, com Ilustrações do grafiteiro-parcêro Beto / Gente Muda, e com toda a Arte de Silvana Martins, a exemplo de nosso primeiro livro, “Mães de Maio – do Luto à Luta” (Nós por Nós, São Paulo, 2011), este também contará com 3 seções temáticas de textos autorais:

A primeira parte, “Grito Familiar”, reúne o relato direto de mais de 20 familiares e amigos de vítimas diretas da violência de agentes do estado desde os Crimes de Maio de 2006. Além de Mães de vítimas dos Crimes de Maio, como Débora Maria, Vera Lúcia e Maria Sônia, há relatos de familiares de presos e presas, além de testemunhos diretos de mães de vítimas da Febem, como Solange Prudes, e também do Massacre do Carandiru, reunidos pela jornalista Juliana Pereira.

A segunda parte autoral do livro, “Grito Poético”, reúne letras, contos e poesias de cerca de 40 importantes poetas-parceiros e referências inspiradoras de nosso movimento. Guerrêros e Guerrêras como a poeta Cidinha da Silva ou o poeta Sérgio Vaz (Cooperifa), o rapper Eduardo (Facção Central) ou a cordelista Salete Maria (Bahia), o grupo de rap Racionais MCs (SP) ou o grupo Autoras do Fato (Goiânia), o rapper Kaskão (Trilha $onora do Gueto), o poeta Armando Santos (Mães de Maio), os sambistas do Cordão da Mentira (Everaldo, Selito e Thiago) ou a ex-presa política Rose Nogueira, colocando em versos sua visão sobre nós. Enfim, são tantos parceiros que, por falta de grana e de tempo pra correr atrás, tivemos inclusive que fazer o triste trabalho de deixar alguns importantíssimos parceiros e parceiras de fora... Além disso, o livro ainda presta uma devida homenagem póstuma à rapper Dina Di (Visão de Rua), por acreditarmos que sua trajetória tem tudo a ver com a temática do livro, e a nossa caminhada cotidiana.

Na terceira seção da obra, “Grito dos Parceiros”, reunimos textos de outros coletivos e/ou parceiros que somam com a nossa luta cotidianamente, nos quatro cantos do Brasil. Então há textos da Rede Contra Violência (RJ), do guerrêro Hamilton Borges Walê (Quilombo Xis – Bahia), da Pastoral Carcerária Nacional, do escritor Alípio Freire, dos jornalistas André Caramante e Tatiana Merlino. Além disso ainda tratamos, ao longo de toda a obra, de outros tristes massacres ocorridos ao longo deste ano de 2012: do Pinheirinho (tratado em poesia por Paulo Barja) à favela do Moinho (que homenageamos na apresentação e numa poesia de Hélber Ladislau), do massacre Guarani-Kayowá (por Spensy Pimentel e Joana Moncau), até uma referência ao desastre contínuo na região da Palestina (em texto de Sâmia Gabriela Teixeira). Sempre estabelecendo o contexto periférico atual de São Paulo, “nossa Faixa de Gaza”.

Finalmente, há a seção “Luta das Mães de Maio”, que reúne 7 documentos históricos importantes dos últimos meses de luta intensa de nosso movimento. São textos para ficarem registrados na história, num livro que tem o mesmo intuito.

Acreditamos que, malgrado todo o cenário adverso pra gente finalizar este livro – em plena intensificação do massacre contra a população pobre, preta e periférica em todo estado de São Paulo, conseguimos fechar um importante Grito Literário e Histórico, buscando deixar registradas nossas Verdades e contribuir para a luta incansável por Justiça e Paz em São Paulo e em todas as quebradas do Brasil e do Mundo.

As trabalhadoras e os trabalhadores merecem Justiça e Paz, e é para esta transformação social coletiva que nosso livro busca humildemente contribuir.

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