Brasil 18º país mais violento do mundo
A pesquisa foi
feita pelo Instituto Avante Brasil e cruzou dados do IDH de 2012 e dados de
homicídios de cada País. Honduras, El Salvador e Costa do Marfim são
considerados os mais violentos
O Povo 04/05/13
Estatísticas brasileiras de 2010 revelam uma taxa de 27,4 mortes para cada
grupo de 100 mil pessoas. A 18ª posição no ranking do Instituto foi obtida a
partir da 85º classificação que o país exibiu no IDH de 2012. Os paises
considerados mais violentos pela pesquisa foram Honduras e El Salvador, na
América Central, e o africano Costa do Marfim. O país insular da Micronésia, no
Oceano Pacífico, chamado Palau, foi considerado o menos violento do planeta,
com nenhum homicídio registrado em 2008.
A antropóloga Jânia Perla de Aquino interpreta os dados brasileiros sem se precipitar a uma correlação direta entre pobreza e crime, mas estabelece uma intrínseca ligação entre baixos investimentos em políticas sociais e estratégias equivocadas no setor de segurança pública. "As pessoas das periferias urbanas estão de fato mais vulneráveis porque vivem em áreas onde as políticas sociais para infância e juventude falham. Falta mais cobertura policial e os pais têm mais dificuldades de evitar o consumo e o comércio de drogas, além da exposição fácil ao uso ilegal de armas", destaca a pesquisadora do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Jânia qualifica Fortaleza, dentro de um contexto estadual, como um "caso grave", em relação à violência. Ela diz que a Capital possui enormes disparidades sociais, com concentrações de renda muito intensas. "Penso que o Estado está devendo à população mais investimentos sociais, e a política de segurança pública, embora receba atenção, não tem se mostrado eficiente. Em termos operacionais, a população está insatisfeita. Também em relação à saúde, à educação. É preciso criar mais oportunidades para jovens de baixa renda. Isso os afasta da criminalidade", defende a pesquisadora.
A antropóloga Jânia Perla de Aquino interpreta os dados brasileiros sem se precipitar a uma correlação direta entre pobreza e crime, mas estabelece uma intrínseca ligação entre baixos investimentos em políticas sociais e estratégias equivocadas no setor de segurança pública. "As pessoas das periferias urbanas estão de fato mais vulneráveis porque vivem em áreas onde as políticas sociais para infância e juventude falham. Falta mais cobertura policial e os pais têm mais dificuldades de evitar o consumo e o comércio de drogas, além da exposição fácil ao uso ilegal de armas", destaca a pesquisadora do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Jânia qualifica Fortaleza, dentro de um contexto estadual, como um "caso grave", em relação à violência. Ela diz que a Capital possui enormes disparidades sociais, com concentrações de renda muito intensas. "Penso que o Estado está devendo à população mais investimentos sociais, e a política de segurança pública, embora receba atenção, não tem se mostrado eficiente. Em termos operacionais, a população está insatisfeita. Também em relação à saúde, à educação. É preciso criar mais oportunidades para jovens de baixa renda. Isso os afasta da criminalidade", defende a pesquisadora.
Sara Rebeca Aguiar
O levantamento completo da pesquisa está disponível no link:http://atualidadesdodireito.com.br/iab/files/IDHxHomicídios.pdf
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