"Dai-lhes vós mesmo de comer"
... "Por conseguinte, ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para
a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e
nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil,
sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos...
Uma fé autêntica – que
nunca é cómoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar
o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa
passagem por ela.
Amamos este magnífico planeta, onde Deus nos colocou, e
amamos a humanidade que o habita, com todos os seus dramas e cansaços, com os
seus anseios e esperanças, com os seus valores e fragilidades.
A terra é a
nossa casa comum, e todos somos irmãos. Embora «a justa ordem da sociedade e do
Estado seja dever central da política», a Igreja «não pode nem deve ficar à
margem na luta pela justiça».[150]
Todos os cristãos, incluindo os Pastores,
são chamados a preocupar-se com a construção dum mundo melhor. É disto mesmo
que se trata, pois o pensamento social da Igreja é primariamente positivo e
construtivo, orienta uma ação transformadora e, neste sentido, não deixa de
ser um sinal de esperança que brota do coração amoroso de Jesus Cristo. Ao
mesmo tempo, «une o próprio empenho ao esforço em campo social das demais
Igrejas e Comunidades eclesiais, tanto na reflexão doutrinal como na prática». (Alegria do Evangelho n. 183)
E por falar em Mt 14,13-21, cá com os meus botões...por que se continua pregando que Jesus multiplicou os pães? A profecia não é repartir, dividir, distribuir...? E o milagre não seria um mundo sem a praga da fome?
O problema é que os bens deste mundo de meu Deus estão em mãos erradas...e ai de quem quer mexer!
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