terça-feira, 17 de março de 2015

estava na prisão e você me visitou...
O Papa Francisco beija pé de detento em cadeia de Roma em 2013

A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider

O capelão de Rebibbia, o Pe. Sandro Spriano, falou a respeito em uma entrevista que concedeu à Rádio Vaticano: “Estamos muito felizes porque o Papa acolheu o convite que lhe estendi quando nos encontramos em uma missa na Capela Santa Marta, em setembro do ano passado; ele nos havia dito que, na medida do possível, faria o possível para vir na Quinta-Feira Santa. O fato de que tenha mantido esta promessa, nos dá muito, muito prazer. É algo bonito. Vamos repetir a experiência de três anos atrás, com o Papa Ratzinger, em um contexto diferente e com uma pessoa diferente”.

Uma visita que terá, para os presos, um significado especial: “Sim, porque representa seguramente – observou o capelão – uma atenção importante da Igreja de Roma à sua condição particular. Digamos que são os mais desgraçados; neste caso, fazê-los ver que são filhos de Deus amados pela Igreja e, em particular, pelo Papa, é muito importante para eles. Além disso, será a primeira vez em que celebraremos com homens e mulheres presos. Por esta razão, as presas serão deslocadas da prisão feminina. Será algum muito bonito”.

Recordando a visita de Bento XVI, o Pe. Spriano comentou: “Um lembrança muito viva, porque na época houve uma conversa dos presos com o Papa; ele inclusive fez algumas confidências pessoais e foi algo verdadeiramente fraterno. Neste caso, a celebração terá uma solenidade diferente, mas o gesto do Lava-pés será o momento principal, não apenas liturgicamente; será um momento emotivamente belo”.

Em relação às expectativas pessoais, o capelão conclui: “Esta é uma visita estritamente pastoral. Necessitamos de alguém que venha para nos abraçar, que nos faça sentir parte da sociedade, que nos faça sentir cristãos de uma Igreja mais ampla, e não segregados. O Papa fará isso e nós o desejamos”.

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