O dia em que Cunha
(finalmente) chorou
Na caótica fauna da política brasileira, apesar de
ter usado e abusado de todo o poder para se perpetuar no cargo, resistindo aos
processos de cassação e a todos os inquéritos da Operação Lava Jato, acaba de
tombar (parcialmente) seu monstrengo mais indesejável: Eduardo Cunha. Sempre
negando com incrível cinismo a existência das contas no exterior e tantas
outras infinitas traquinagens, depois de apressar de todo o jeito o impeachment
contra Dilma foi arrastando consigo numa vala comum de podridão a imagem, já
pouco transparente de boa parte da classe política brasileira. Evidente que num
país como o nosso não basta o tombo de Cunha para que se ponha a limpo o Brasil mas é de se
esperar, pelo menos, que este processo de depuração, ainda que longo, possa
continuar.
E Cunha chorou! Duvido tenha sido de arrependimento
ou desgosto por ter arrastado na lama sua própria famílias, muito mais ter
perdido tão importante trono no reinado do Brasil. Mesmo assim, ninguém é tão trouxa a ponto de pensar que Cunha não
tem mais volta. Perder o comando da Câmara não significa perder a intensidade
de sua ambição pelo poder. Como tantos outros (não é Renan Calheiros?!), poderá
retornar em breve.
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