sexta-feira, 8 de julho de 2016

O dia em que Cunha (finalmente) chorou

Na caótica fauna da política brasileira, apesar de ter usado e abusado de todo o poder para se perpetuar no cargo, resistindo aos processos de cassação e a todos os inquéritos da Operação Lava Jato, acaba de tombar (parcialmente) seu monstrengo mais indesejável: Eduardo Cunha. Sempre negando com incrível cinismo a existência das contas no exterior e tantas outras infinitas traquinagens, depois de apressar de todo o jeito o impeachment contra Dilma foi arrastando consigo numa vala comum de podridão a imagem, já pouco transparente de boa parte da classe política brasileira. Evidente que num país como o nosso não basta o tombo de Cunha para que  se ponha a limpo o Brasil mas é de se esperar, pelo menos, que este processo de depuração, ainda que longo, possa continuar.
E Cunha chorou! Duvido tenha sido de arrependimento ou desgosto por ter arrastado na lama sua própria famílias, muito mais ter perdido tão importante trono no reinado do Brasil. Mesmo assim, ninguém  é tão trouxa a ponto de pensar que Cunha não tem mais volta. Perder o comando da Câmara não significa perder a intensidade de sua ambição pelo poder. Como tantos outros (não é Renan Calheiros?!), poderá retornar em breve.


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