domingo, 6 de novembro de 2016

Papa celebra com presos: hipocrisia barra reabilitação e reinserção

 No contexto do Jubileu dos Encarcerados, o Papa Francisco celebrou neste domingo (06/11), na Basílica de São Pedro, a missa com a presença de centenas de presidiários.

Rádio Vaticano (RV)

“A mensagem que a Palavra de Deus hoje nos passa é a da esperança. Aquela esperança que não ilude”, disse o Pontífice.
“A esperança é um dom de Deus. Devemos pedi-la. Ela está no fundo do coração de cada pessoa e de lá ilumina o presente, frequentemente abalado e ofuscado por tantas situações que trazem tristeza e dor. Temos que reforçar sempre mais as raízes da nossa esperança”, recordou o Papa.
“Lá onde está uma pessoa que errou, nesse lugar se faz ainda mais presente a misericórdia do Pai, para suscitar arrependimento, perdão, reconciliação e paz”, auspiciou o Papa.

Hipocrisia inerte
“Digo a vocês: cada vez que entro em uma prisão, me pergunto: ‘Por que eles e não eu?’. Todos temos a possibilidade de errar: todos. Em um ou outro modo erramos. E esta hipocrisia faz com que não se pense à possibilidade de mudar de vida, há pouca confiança na reabilitação, na reinserção social”, desabafou o Papa.
E concluiu:
“A fé, mesmo que tão pequena quanto um grão de mostarda, é capaz de mover montanhas. Quantas vezes a força da fé permitiu pronunciar a palavra perdão em condições humanamente impossíveis! Só a força de Deus, a misericórdia, pode curar certas feridas”.

Angelus
Ao meio-dia, no Angelus, o Papa fez uma apelo “em favor do melhoramento das condições de vida nas prisões, para que a dignidade dos detentos seja plenamente respeitada”.
“Além disso, desejo reiterar a importância de refletir sobre a necessidade de uma justiça penal que não seja exclusivamente punitiva, mas aberta à esperança e à prospectiva de reinserção do réu na sociedade”.

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