quinta-feira, 24 de março de 2011

“Nesta luta, o inimigo pode estar mais perto do que você imagina”

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus) lançou nesta quinta-feira (24) uma campanha para coibir o tráfico de pessoas e reabrindo, em Fortaleza,  o Posto Avançado de Atendimento Humanizado aos Migrantes no Aeroporto Internacional Pinto Martins.  Com o tema “Nesta luta, o inimigo pode estar mais perto do que você imagina”, a Sejus está distribuindo cartazes, cartilha e panfletos em pontos estratégicos como aeroportos, rodoviárias, conselho tutelar e pontos de grande circulação de turistas, além de promover capacitações de agentes públicos e privados para coibir e impedir o tráfico de pessoas.
 O Posto Avançado de Atendimento Humanizado aos Migrantes funcionará de segunda a domingo, das  8 horas às 17 horas, e tem o objetivo acolher as vítimas que chegam de vôos internacionais e nacionais, bem como de apurar denuncias recebidas pela Polícia Federal em embarques internacionais. A solenidade de abertura do Posto e lançamento da campanha contou com a presença da secretária da Justiça e Cidadania, Mariana Lobo, e autoridades da Polícia Federal e do Ministério da Justiça. Entre os convidados estava também  a Pastoral do Migrante e Carcerária do Ceará.
 Dados oficias apontam que, nos últimos três anos (2008 a 2010), 1.171 denúncias e mais de 530 atendimentos às vítimas cearenses foram realizados.  Os dados mostram a importância da participação da sociedade civil como denunciante de possíveis vítimas, já que o número de denuncias tem crescido em mais de 100% por ano. Em 2008, foram 200 denuncias, em 2009, 460 denuncias e em 2010, foram 511 denuncias. O que denota que a colaboração da sociedade cearense é de suma importância para que nenhuma vítima seja negociada. “Os casos mais comuns estão relacionados a mulheres que, ludibriadas com promessas de falso casamento, são obrigadas a praticar trabalho escravo ou sexual. Mas um dos fatos mais alarmantes é que tem crescido o número de denúncias também relacionado a travestis”, afirma a secretária da Justiça e Cidadania (Sejus).

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