A foto que circulou pela mídia de todo o Brasil, não deixa dúvidas. Suspeita de tentativa de homicídio, uma jovem de 18 anos ficou presa por uma corrente a uma das janelas da cozinha da delegacia de Russas (a 162 km de Fortaleza). Segundo a delegada, durante a semana em que passou no local, a jovem não ficou o tempo todo acorrentada. Em alguns momentos, foi trancada em uma sala da delegacia. Para a presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará, que denunciou a situação, o fato foi causado pela falta de condições nas delegacias. "O que eles poderiam fazer? Colocá-la no xadrez com 30, 40 presos?" - disse a presidentepresidente. Poucos dias antes, no final do mês de março, mais estarrecedora ainda tem sido a imagem divulgada por todas as emissoras brasileiras, que flagrava 7 policias da PM amazonense tentando executar um adolescente de 14 anos. Todos foram afastados e estão presos. Como também outros quatro policiais suspeitos de tortura contra um jovem de 18 anos, nesses últimos dias, em Manaus.
Fatos como estes e, bem piores, longe de serem exceções continuam se repetindo, dentro e fora das cadeias e comprovam que, apesar das conquistas democráticas da Constituição de 1988, ainda estamos longe de termos alcançado uma nítida consciência jurídica democrática. Única diferença: as práticas de tortura da época das ditaduras se perpetuam agora na violência contra detidos e presos comuns.
Por esta razão, foi confirmada a vinda da ONU, em breve, para investigar os casos de tortura, bem como o tratamento dos presos nas delegacias e presídios brasileiros. (foto Jornal O POVO)
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