Hoje, bem cedinho, enquanto meditava o Evangelho da liturgia de domingo (Mt 13,44-52), não sei por que cargas d´água, meu lado musical me levou a assobiar com Tim Maia (que Deus o tenha!) uma das músicas de minha preferência: "Azul da Cor do Mar". Nem toda a letra faz o meu gosto mas, estou com Tim Maia quando canta que é preciso "Ver na vida algum motivo pra sonhar, ter um sonho todo azul, azul da cor do mar".
Tenho a impressão que o Mestre quis insinuar que o tesouro escondido no campo ou a pérola de grande valor proporcionam força suficiente para ir em busca de uma razão para viver e, mais ainda, para encontrar a ousadia de optar por grandes causas, não por último, “as coisas do Reino”. Tudo é questão de sedução.
Enfim, que me perdoem os sábios exegetas e os chatos espiritualistas: em tempos de férias, tudo tem que ser mais leve... a pregação da Palavra também!
Ah! O meu amigo de longas datas Bruno Maggioni, un dos mais lúcidos biblistas italianos, me ensinou que os protagonistas principais da parábola não são os dois expertos compradores. Quem rouba toda a cena é o fascínio do tesouro e da pérola que valem mais do que qualquer outra coisa. Ah!
Se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito prá contar
Dizer que aprendi...
E na vida a gente
Tem que entender
Que um nasce prá sofrer
Enquanto o outro ri..
Mas quem sofre
Sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
Razão para viver...
Ver na vida algum motivo
Prá sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...
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