terça-feira, 29 de novembro de 2011
a Belo Monte do PAC
Os trabalhadores da usina hidrelétrica de Belo Monte interditaram segunda-feira a Rodovia Transamazônica, próximo a Altamira, no Pará. Os grevistas protestam contra as condições de trabalho no estaleiro de obras e a alimentação. Ao mesmo tempo, reivindicam aumentos salariais, melhores benefícios e folgas para passar o Natal com as suas famílias. O piso pago ao funcionário de Belo Monte é de R$ 900. Essa é segunda greve realizada em novembro. A primeira ocorreu no dia 12 e, ao final, foram demitidos 170 funcionários, sendo a maioria do Maranhão.
A Hidrelétrica de Belo Monte é a principal obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), avaliada em R$ 25 bilhões. Desde seu lançamento, o empreendimento tem sido alvo de protestos nacionais e internacionais.
O principal motivo para a realização do movimento está no fato de os trabalhadores não poderem ir passar o fim do ano com as famílias. Segundo os empregados, no processo de contratação, o consórcio havia se comprometido não só a liberá-los no fim do ano, mas também permitir a "baixada" - o retorno dos trabalhadores às suas casas, a cada três meses.
Agora, o consórcio determinou como folga apenas os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro.
Segundo a assessoria da ONG Xingu Vivo Para Sempre, que conversou com os trabalhadores no domingo, mais de 200 pessoas passaram mal por causa da água e da comida. No sábado, cinco trabalhadores do Sítio Pimental estavam internados no hospital municipal de Altamira.
A central de Belo Monte é criticada por associações que apontam riscos para o ambiente e as comunidades tradicionais da região, incluindo as tribos indígenas e as populações ribeirinhas.
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