quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pílulas contra a doença do racismo no Brasil


Os pobres negros passam assim de mercado em mercado, de patrão para patrão. E após terem passado as maiores e extenuantes fadigas de viagens perigosas, caminhando amiúde descalços pela abrasadora areia do deserto, em que uma parte deles morre de uma morte cruel, chegam às costas de África para serem vendidos a amos terríveis, que os tratam como cães...” (Daniel Comboni, Egito 1868)(1).
O Ano 2011 foi declarado pela ONU Ano Internacional dos Povos Afro-descendentes. Ao longo deste ano fomos convidados a assumir o compromisso político de erradicar a discriminação contra os afro-descendentes e a promover o respeito a diversidade e herança culturais, ainda não oficialmente integradas nas identidades das várias nações americanas!
A nossa experiência pastoral no Brasil, como Missionários Combonianos, mostra como a população afro-descendente ainda hoje sofre o preconceito e a discriminação racial.
Representando mais da metade da população brasileira, os afro-descendentes vivem à margem da sociedade que eles mesmos têm ajudado a construir, morando nas periferias sem esgoto e sem infra-estruturas, usufruindo de sistemas de transporte publico inadequados, sobrevivendo com salário mínimo, mas sobretudo sendo excluídos dos lugares de poder, como a mídia e a política, e sendo vítimas do poderes corruptos instalados há décadas no Brasil.

Quem quiser aprofundar a situação dos afro-descendentes no Brasil poderá  encontrar material interessante no site dos missionários combonianos:

http://www.ecooos.org.br
http://cenpah.blogspot.com

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