sábado, 7 de janeiro de 2012

Funai apura se criança indígena foi queimada

O POVO 07.01.2012

A Funai (Fundação Nacional do índio) investiga denúncia de que uma criança da etnia awá-guajá foi queimada por madeireiros na terra indígena Araribóia, no município maranhense de Arame (350 km de São Luís). De acordo com o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o crime ocorreu entre setembro e outubro do ano passado. Em outubro, um índio da etnia guajajara (ou tenetehara) encontrou o corpo da criança carbonizado em meio a um acampamento abandonado pelos Awás, a 20 km da aldeia.
awá-guajá   (fotohugo)
Ainda segundo o Cimi, os guajajaras suspeitam que madeireiros que atuam na região tenham atacado os índios e ateado fogo na criança. O Cimi também afirma que os awá-guajá que ocupavam esse acampamento vivem isolados, e não foram mais vistos depois do suposto ataque.
 “Eram muitos. Agora desapareceram. Nesse período, os madeireiros estavam lá. Até para nós é perigoso andar, imagine para os isolados”, disse Luís Carlos Tenetehara, da aldeia Patizal. Em 2008, uma menina de sete anos da etnia guajajara foi morta por um tiro também em Arame.
“Isso é denunciado há muito tempo. Tornou-se frequente a presença de madeireiros colocando em risco os indígenas isolados”, diz Rosimeire Diniz, coordenadora do Cimi no Maranhão.

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