sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

pra não dizer que não falei da greve da PM

Pingos e Respingos (2)

Aqui vai parte do e:mail enviado por uma amiga e colaboradora.
“...Aqui no Grande Bom Jardim, as pessoas da rua onde moro, corriam pra ver mais um/a que mataram). E contaram 05 mortes na noite de 31 de dezembro. Todos/as jovens... A população observava sem nenhuma estranheza. As frases feitas ganham ibope: "quem procura acha", "dizem que tem mais dois marcados pra morrer", "o que matou foi enterrado primeiro que o que morreu" Dá pra entender o que isso significa”?
Alguém não gostou por eu não ter gostado do apoio irrestrito prestado por um bom número de sindicatos e organizações populares à greve da PM. Até vaquinha foi feita para pagar a nota de apoio na Imprensa. Direito de discordar faz parte da democracia também. Ainda mais quando “notas de peso” são deliberadas e assinadas sem o aval de, pelo menos, um número significativo de associados. Unanimidade rápida e coesa nas hostes populares nunca foi empreitada fácil. Por incrível que pareça, até isso as corporações militares conseguiram.

 Sem minimizar o clima de pânico generalizado e de terror induzido no dia D da greve, continuo convencido que o medo sempre será péssimo  conselheiro, ainda mais quando vira paranoia ao ponto de atenazar o juízo até de pessoas aparentemente tão lúcidas. 

Naquela fatídica terça-feira “de fogo”, atravessei de carro várias ruas do centro da capital. De olho na rua e de ouvido no rádio. Era disse-me-disse sem fim de informações desencontradas e vindas de fontes duvidosas ou não suficientemente averiguadas.  Enquanto isso comerciários  fechavam as lojas e ficavam nas calçadas armadas e pau e barras  de ferro.Em três lugares diferentes o grito de alerta era o mesmo: “Olha o arrastão negada”! E haja corre-corre de populares querendo ver e fugir ao mesmo tempo de um possível arrastão. Na verdade, quantos foram os arrastões e aonde?

Executivo incompetente , PM corporativista, Legislativo ausente, organizações populares oportunistas, e  população sem consciência cidadã.  Com uma pitada de exagero, chamaria de “paradigmáticos” os dias de greve da PM. Mais uma vez, o que veio à tona foi só a ponta do “icbeger” da urgência de mudanças radicais que devem perpassar todos os setores do Estado e da sociedade. O tempo é propício. As Eleições e a Copa 2014 são o que menos importa ao povo cearense ainda tão sofrido.

"É bom lembrar que segurança pública não é responsabilidade da Prefeitura, mas do Governo do Estado". Nota dez dona Luizianne! Realmente, a Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza é um instrumento de segurança urbana e difusão de cidadania, com a missão de proteção preventiva e ostensiva dos bens públicos municipais, do patrimônio histórico do município e da segurança de autoridades. No que concerne a Defesa Civil, o órgão atua em ações preventivas e emergenciais, procurando reduzir danos quando da ocorrência de chuvas de grande proporção, incêndios e desastres. Está no site da Prefeitura. Assim sendo...que o povo se lasque. E que Deus nos livre de desastres.Já pensou o tsunami chegando em Fortaleza e o Cid descansando na Meruoca...

Pelos vistos, o irmão e chefe de gabinete do governador Cid Gomes (O Povo 06/01 pág. 18) falando pelo chefe, continua está tentando dar a volta à ponta do iceberg.

 E dá-lhe greve! Quem ameça deflagrar mais uma greve são os servidores do Judiciário. A categoria está  chiando pelo corte de R$ 130 milhões no Orçamento do Judiciário.

E a barriga do povão? Esta já vem roncando há muito tempo!


           ainda tem muito pra pingar e respingar...quem sabe?!

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