quinta-feira, 14 de novembro de 2013


America Latina: entre 2000 e 2010, 
100 mil assassinatos anuais

   

   "Uma ou duas décadas atrás, era um lugar-comum sociológico atribuir a criminalidade à pobreza. O mito está em crise há algum tempo, e nada melhor para demoli-lo do que a América Latina, a única região do planeta em que a violência letal aumentou de 2000 a 2010. 

A refutação aparece com clareza no relatório "Segurança Pública com Face Humana", do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)".

A informação consta do editorial "Continente violento" do jornal Folha de S. Paulo, 14-11-2013.

Segundo o editorial "apesar do crescimento econômico e da melhora na distribuição de renda, a região teve 100 mil assassinatos anuais no período. Em 11 dos 18 países analisados, a taxa de homicídios ainda está acima de 10 por 100 mil habitantes, um nível considerado preocupante (no Brasil são cerca de 20 por 100 mil). Segundo o estudo, responsabilizar só o crime organizado e o narcotráfico é um erro. Eles se combinam com cinco outros fenômenos em alta: delitos de rua, como roubos; criminalidade juvenil; crimes de gênero (contra mulheres e homossexuais); violência policial; e o binômio corrupção/impunidade".

"O Brasil aparece em quinto lugar no ranking das mais altas taxas de homicídio de jovens - informa o editorial -, com 51,6 por 100 mil. Antes dele estão El Salvador (92,3), Colômbia (73,4), Venezuela (64,2) e Guatemala (55,4). Se não melhora com a bonança da economia, a criminalidade pode, no entanto, contribuir para tolhê-la. Os milhões de anos de vida perdidos acarretam uma quebra de pelo menos 0,5% no PIB latino-americano, calcula o relatório".

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