quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Francisco: Prisões, sintoma de como estamos na sociedade

17/02/2016 

Ciudad Juárez (RV) - O Papa Francisco visitou em Ciudad Juárez, no México, nesta quarta-feira (17/02), último dia de sua 12ª viagem Apostólica internacional, o Centro de Readaptação Social nº 3 (CeReSo). 

Detentos com o Papa

Em seu discurso, Francisco sublinhou que celebrar o Jubileu da Misericórdia com os detentos “é o caminho que devemos urgentemente empreender para romper o ciclo vicioso da violência e da delinquência”.
“A misericórdia divina lembra-nos que as prisões são um sintoma de como estamos na sociedade; em muitos casos são um sintoma de silêncios e omissões provocadas pela cultura do descarte. São sintoma duma cultura que deixou de apostar na vida, duma sociedade que foi abandonando os seus filhos”, disse ainda o Papa.
O Santo Padre frisou que "a misericórdia nos lembra que a reinserção não começa aqui dentro destes muros; começa antes, começa lá fora nas ruas da cidade. A reinserção ou reabilitação começa criando um sistema que poderíamos chamar de saúde social, isto é, uma sociedade que procure não adoecer contaminando as relações no bairro, nas escolas, nas praças, nas ruas, nos lares, em todo o espectro social. Um sistema de saúde social que vise gerar uma cultura que seja eficaz procurando prevenir aquelas situações, aqueles caminhos que acabam por ferir e deteriorar o tecido social".
Francisco disse ainda que "na capacidade que uma sociedade tem de integrar os seus pobres, doentes ou presos, reside a possibilidade de estes curarem as suas feridas e serem construtores duma boa convivência. A reinserção social começa com a frequência da escola por todos os nossos filhos e com um emprego digno para as suas famílias, com a criação de espaços públicos para os tempos livres e a recreação, com a habilitação das instâncias de participação cívica, os serviços de saúde, o acesso aos serviços básicos… para citar apenas algumas medidas'.
"Celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco é aprender a não ficar prisioneiros do passado, de ontem; é aprender a abrir a porta para o futuro, para o amanhã; é acreditar que as coisas podem tomar outro rumo. Celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco é convidar-vos a levantar a cabeça e empenhar-vos para obter o tão ansiado espaço de liberdade", concluiu. (MJ)

veja na íntegra


http://br.radiovaticana.va/news/2016/02/17/papa_as_pris%C3%B5es_s%C3%A3o_um_sintoma_de_como_estamos_na_sociedade/1209476


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