quarta-feira, 16 de novembro de 2016

A briga das togas do STF

É de lavar a alma o bate boca  dos  ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes durante a sessão desta quarta-feira (16) no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Humanos como qualquer um de nós, pobres mortais. Parecendo até arenga de menino amarelo. 
Tudo começou   quando Lewandowski questionou um pedido de vista de Mendes, mesmo após ele já ter votado uma ação. Quando os ministros pedem vista é porque querem mais tempo para analisar um caso antes de votar. Então, o julgamento é interrompido e adiado. Talvez, para os meus blogueiros o "caso" em questão seja menos interessante do que a própria briga. Veja:


Lewandowski.: “O ministro Gilmar Mendes já não havia votado? Eu tenho impressão que acompanhou a divergência. Depois votou o ministro Marco Aurélio e sua excelência  está abrindo mão do voto já proferido e pediu vista? Data vênia, um pouco inusitado”.
Gilmar Mendes: “Enquanto eu estiver aqui eu posso fazê-lo [...]. Vossa excelência fez coisa mais heterodoxa...”.
L: “Eu, graças a Deus, não sigo o exemplo de vossa excelência em matéria de heterodoxia. Graças a Deus, e faço disso ponto de honra”.
G: “Basta ver o que vossa excelência fez no Senado”.( referência indireta à decisão de Lewandowski no processo de impeachment que permitiu à ex-presidente Dilma Rousseff voltar a exercer funções públicas, apesar da condenação).
L: “No Senado? Basta ver o que vossa excelência faz diariamente nos jornais...”.
G: “Faço isso inclusive para poder reparar os absurdos que vossa excelência faz”.
L: "Absurdos não, vossa excelência retire o que disse. Vossa excelência está faltando com o decoro não é de hoje. Eu repilo qualquer... Vossa excelência por favor me esqueça!”.
G: “Não retiro”.
L:  “Bom, então, vossa excelência se mantenha como está. Eu reafirmo que vossa excelência está faltando com o decoro que essa corte merece”.

Cá com os meus botões:
                                        Data vênia. Tanto se me dá como se me deu - diz o ditado português.

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