A SUPERLUA E A PEC 241
A maior superlua do século acaba de encher os olhos arregalados
de uma grande porção de humanos que, de
nariz empinado, não queria perder o espetáculo. Até a grande mídia não quis perder a
oportunidade de alimentar os sonhos e as fantasias de uma sociedade cada dia
mais inerte e estagnada e que precisa de
uma superlua para ficar bem acordada numa noitada incomum. Quem esperava muito
mais ficou um tanto decepcionado.
Decepção por decepção, mais frustrante e
prejudicial é uma sociedade de olhos grudados na lua e, ao mesmo tempo, alheia
a tantos fatores que estão tornando pouco risonho o tempo presente, quanto mais
os tempos que virão. A iminente aprovação da PEC 241, tocada adiante à toque de
caixa, parece preocupação só daqueles poucos que ao defenderem a saúde, o trabalho,
a educação e a seguridade social para
todos, ainda são ridicularizados e rotulados. Prova disso é o silêncio proposital
da grande mídia e da população em geral sobre a ocupação das escolas públicas e
das universidades.
Sem discutir e refletir, como entender com clareza e sem
paixões corporativistas o que está sendo imposto ao coletivo social, na calada
da noite, em que pese o brilho extasiante da superlua?
Se o que nos impacta
diretamente pouco o nada nos interessa e mantem acordados, quiçá o resto.
Cá com os meus botões...
com uma pitada de saudável ironia, já lembrava o Filho do homem: "... Olhando o céu, vocês sabem prever o tempo, mas não são capazes de interpretar os sinais dos tempos" Mt 16,3
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