terça-feira, 15 de novembro de 2016

 A  SUPERLUA  E  A  PEC 241


    A maior  superlua  do século acaba de encher os olhos arregalados de uma grande porção de humanos que, de nariz empinado, não queria perder o espetáculo. Até a grande mídia não quis perder a oportunidade de alimentar os sonhos e as fantasias de uma sociedade cada dia mais  inerte e estagnada e que precisa de uma superlua para ficar bem acordada numa noitada incomum. Quem esperava muito mais ficou um tanto decepcionado. 
    Decepção por decepção, mais frustrante e prejudicial é uma sociedade de olhos grudados na lua e, ao mesmo tempo, alheia a tantos fatores que estão tornando pouco risonho o tempo presente, quanto mais os tempos que virão. A iminente aprovação da PEC 241, tocada adiante à toque de caixa, parece preocupação só daqueles poucos que ao defenderem a saúde, o trabalho,  a educação e a seguridade social para todos, ainda são ridicularizados e rotulados. Prova disso é o silêncio proposital da grande mídia e da população em geral sobre a ocupação das escolas públicas e das universidades. 
    Sem discutir e refletir, como entender com clareza e sem paixões corporativistas o que está sendo imposto ao coletivo social, na calada da noite, em que pese o brilho extasiante da superlua? 
    Se o que nos impacta diretamente pouco o nada nos interessa e mantem acordados, quiçá o resto. 

Cá com os meus botões...
                                                      com uma pitada de saudável ironia, já lembrava o Filho do homem: "... Olhando o céu, vocês sabem prever o tempo, mas não são capazes de interpretar os sinais dos tempos" Mt 16,3

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