Ao apagar das luzes do dia internacional da mulher permanece tristemente real a denúncia da diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno: “A violência é um mecanismo de resolução de conflitos'”.
Fazem eco as palavras da professora Maíra Kubik Mano da Universidade Federal da Bahia: “O corpo da mulher continua sendo passível de ser agredido, porque é socialmente considerado público. Faz parte de uma lógica da divisão de tarefas, de trabalho”.
Os dados da Datafolha denunciam que, em 2016, 40% das mulheres com mais de 16 anos sofreram assédio dos mais variados tipos. Outras 36% (ou 20,4 milhões) foram alvo de comentários desrespeitosos ao andar na rua. As mulheres fisicamente assediadas em transporte público são 5,2 milhões (5%). Um detalhe: as principais vítimas têm entre 16 e 24 anos e de preferência negras.
Esses dados deixam claro que as políticas públicas para sanar essa vergonhosa realidade ainda são irrisórias e que continua ainda desafiador convencer o homem que o corpo da mulher pertence só a ela e homem algum tem direito de tocá-lo.
Por essas e outras razões: Vivam as Mulheres!
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