quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

SEM MEDO DE SER FELIZ (2)

Virá o dia em que não será mais preciso dizer:

“Tristeza não tem fim felicidade, sim”. (Helder Camara)

Meus queridos amigos,
         Há sempre Canções novas e é claro que algumas pegam e ficam... Há  Canções que não são esquecidas nunca. As vezes, vê, de longe, de Carnavais que já se foram...  O Bal Masqué, salvo engano, abriu com “Máscara Negra”, o que não quer dizer que houvesse mais de mil Palhaços no salão...   Ninguém esquece a “Jardineira”, “Sassaricando” e tantas outras músicas que atravessam os anos...
        Pode causar estranheza que, no meio de tanta gente, agrade tanto o Bloco da Solidão. É que ali, no meio da multidão, não falta quem se sinta só.

 “Angústia, solidão   um triste adeus em cada mão
  lá vai meu bloco, vai   só deste jeito é que ele sai.
  Na frente sigo eu  levo o estandarte de um amor
  amor que se perdeu no Carnaval...
  Lá vai meu bloco e lá vou eu também
  mais uma vez sem ter ninguém
  no sábado e domingo, segunda e terça-feira
  e a 4ª feira vem e o ano inteiro é todo assim...
  Por isso quando eu passar  batam palmas pra mim!
  Aplaudam quem sorri   Trazendo lágrimas no olhar,
  merece uma homenagem   quem tem força pra cantar
  tão grande é a minha dor  pede passagem quando sai comigo só,
  lá vai meu bloco vai...
 Daqui bato palmas a todos os que, de modo aberto ou oculto, pertencem ao Bloco da Solidão, e sorriem trazendo lágrimas no olhar...


Gosto muito do Porta-Estandarte, de Vandré:


   “Olha que a vida é tão linda e se perde em tristezas assim.
 Desce teu rancho cantando essa tua esperança sem fim.
 Deixa que a tua certeza se fala do Povo a canção
 pra que teu Povo cantando o teu canto não seja em vão.
               
 Eu vou levando minha vida, enfim, cantando e canto sim
 e não cantava se não fosse assim levando pra quem me ouvir
 certezas e esperanças pra trocar por dores e tristezas
 que, bem sei um dia que vem vindo
 e que eu vivo, pra cantar na avenida girando
 estandarte na mão pra anunciar!

Ah se eu pudesse!
O meu Povo não precisaria esfalfar-se nos 3 dias de Carnaval! Virá o dia em que a alegria do Povo não será ilusória e passageira como serpentina e confete.
Virá o dia em que não será mais preciso dizer:

“Tristeza não tem fim felicidade, sim”.
A tristeza acabará...                                                      


 3 de fevereiro de 1978                                                             Dom Helder Camara

Cá com os meus botões:

Tudo vale a pena 

quando a alma não é pequena!



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