sábado, 4 de março de 2017

EM GENEBRA, PASTORAL CARCERÁRIA DETALHA VIOLAÇÕES DE DIREITOS NAS PRISÕES DO BRASIL

Representada por seu assessor jurídico, o advogado Paulo Cesar Malvezzi Filho, a Pastoral Carcerária Nacional participou nesta sexta-feira, 3 de março, de um evento em Genebra, na Suíça, que discutiu a realidade do sistema carcerário brasileiro.
“De norte a sul do país, é possível afirmar que a marca do sistema prisional brasileiro é a violação sistemática dos direitos dos presos, combinada com o crescimento vertiginoso do número de pessoas presas”, disse Paulo Malvezzi, no início de sua exposição sobre a temática, quando também lembrou que com um aumento médio de 7% no número de presos anualmente e com mais de 620 mil encarcerados, o Brasil ocupa “a nada honrosa quarta colocação entre os países que mais encarceram no mundo”.
O propósito do evento, que também contou com representantes de outras organizações brasileiras, como a Conectas Direitos Humanos e a Justiça Global, foi debater as torturas que ocorrem nas prisões. O relatório Tortura em tempos de encarceramento em massa, lançado em 2016 pela Pastoral, analisou 105 denúncias de tortura nas prisões.
O debate aconteceu paralelamente à reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. “A grande importância desse evento é poder prover informações diretas sobre o sistema prisional brasileiro para a imprensa internacional, órgãos das Nações Unidas e países que vêm se engajando internacionalmente no esforço de combate à tortura. Também é uma grande oportunidade para criar laços internacionais e articular uma ampla rede de luta contra o encarceramento em massa”, afirmou Paulo Malvezzi.

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